31 anos após o sangue escorrer saiu o desfecho de uma ação judicial emanada no Oeste do Paraná: no último dia 20 de agosto foi divulgado que o ex-deputado Joni Paulo Varisco fez um depósito de sete digitos para indenizar o ex-governador Roberto Requião (foto).
Os “cheques” foram de R$ 1 milhão, em duas parcelas. A demanda era maior, R$ 1,3 milhão, as partes chegaram em um acordo no valor e Varisco arcou também com custas judiciais e advogados, além do “barão”.
No distante 1993 Cascavel vivia um clima tenso. Uma invasão de terra em Campo Bonito produziu a morte de três policiais militares e um líder do MST, Diniz Bento da Silva, o Teixeirinha.
Na ocasião, o então deputado federal Joni Varisco acusou Requião de ter mandado matar Teixeirinha. E manteve a acusação até o final, porém não apresentou provas. “Só me retrataria se os mortos voltassem”, disse Varisco no curso do processo, segundo o portal “Alerta Paraná”, do jornalista Toninho Sbardelotto.
O Pitoco ouviu Requião na última quarta-feira (04): “Foram agressões irresponsáveis, bloqueamos todos os bens do Varisco. Isso que deve acontecer com toda crítica irresponsável. Ele era do MDB, de minha bancada lá atrás, foi condenado, pagou o preço da irresponsabilidade”, disse o ex-governador.
O “barão” do Requião foi pago em duas parcelas de meio milhão, entre junho e julho últimos. Varisco não quis comentar o episódio. Adversários políticos do ex-governador estão empenhados em apurar se ele declarou em seus bens o “barão” recebido. Requião está disputando a Prefeitura de Curitiba.
