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Infraero abre o cofre

Estatal apresenta pacote de obras para gerir aeroporto de Cascavel

O diretor comercial da Infraero, Tiago Faierstein, mostrou o tamanho do cofre da estatal para atrair outorgas de aeroportos regionais: R$ 1,8 bilhão no caixa.

A capacidade de investimento aliada a expertise de mais de cinco décadas na administração dos maiores aeroportos do país (muitos deles agora concedidos para a iniciativa privada), é o principal atrativo da Infraero para gerir também o aeroporto de Cascavel.

Tiago expôs a musculatura da Infraero no último dia 5 de setembro para lideranças ligadas ao Conselho de Desenvolvimento Econômico e Sustentável de Cascavel (Codesc).

A iniciativa de envolver o Codesc na decisão do que fazer com o aeroporto (manter sob gestão da Transitar, conceder para iniciativa privada ou outorgar para a Infraero), partiu do prefeito Paranhos.

Não há ainda um consenso entre as lideranças. De um lado argumenta-se que seria temerário ao município perder a gestão de um ativo estratégico. Maringá, por exemplo, rejeitou o cortejo da Infraero por essa razão.

O PACOTE

Um ofício da Infraero mandou a proposta: inclusa no plano aeroviário nacional, Cascavel receberia R$ 63 milhões para expandir a pista de 1,8 mil para 2,2 mil metros, desapropriar uma área 10 alqueires no entorno, equipamentos sofisticados que permitem operações de pouso e decolagem mais seguras, ampliação do terminal de passageiros e mais duas pontes de embarque.

A principal pedida do prefeito, no entanto, pede reticências: o terminal de cargas exige um dimensionamento de demanda. “Se demandar carga, faremos o terminal, se demandar passageiros, ampliamos para passageiros”, disse o diretor da estatal.

O diretor da Infraero disse que todas as obras serão entregues dentro do atual mandato do presidente Lula, ou seja, até 2026. E que, além dos aportes da Infraero, há uma articulação com Itaipu para injetar recursos no aeroporto de Cascavel.

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